O Vale do Silício do Brasil é o Espírito Santo. E com razão!

25/04/2023 09h00 - Atualizado em 06/06/2023 10h34
Imagine que você queira ver o cardápio em um restaurante. O garçom se aproxima e avisa que basta apontar o celular para o QR Code, na mesa mesmo, e fazer o pedido, com alguns poucos cliques. Ou então, que você está correndo pela orla e algum familiar pede uma quantia emprestada. Novamente, em alguns toques na tela, você transfere o dinheiro.

Situações como essas já não são mais imaginação e sim rotina para grande parte dos capixabas, já que a tecnologia avança cada vez mais e o Espírito Santo caminha a passos largos para se tornar um modelo em inovação. No mundo empresarial, a inovação é o centro das atenções, com o surgimento daquelas empresas modernas, as chamadas startups, com máquinas e iniciativas que incrementam as novidades no dia a dia.

Em 2021, no Brasil, esse universo presenciou um “boom” histórico de aportes no segmento. Só para se ter um exemplo, há dois anos, o setor viveu um aumento expressivo de 200% no volume de aporte de recursos, contratou mais de 100 mil pessoas e mais que dobrou o valor médio de investimentos, partindo de US$ 5,5 milhões, em 2020, para US$ 13,7 milhões, em 2021.

Mas inovar para quê?

A capacidade de produzir ferramentas e aperfeiçoar sistemas antigos e pouco eficientes demonstrou aos empresários que o investimento em novas ideias tem um papel mais que importante para contornar momentos de crise econômica, como ocorreu na pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), e movimentar a melhoria do bem-estar social. Por esse e outros motivos, as empresas focadas em inovação cresceram no Brasil, que hoje está entre os dez países com a maior presença de empresas unicórnios – empresas que ganham valorização em escala meteórica sem ter ações em bolsa – do mundo.

Quando olhamos para os estados, o Espírito Santo se destaca com inovadoras e hubs de inovação reconhecidos nacionalmente: PicPay, AEVO, Actiz, Adcos, Takeat, Fisarmonica, são apenas alguns dos exemplos em inovação tecnológica e industrial 100% capixabas que cresceram e estão presentes na vida dos cidadãos.

Miguel Carvalho (Takeat), Ramon Spinassé (Actiz) e Luis Felipe Carvalho (AEVO) são alguns dos empresários capixabas modelos de inovação, que contaram com o apoio do Funses 1 para investirem ou acelerarem e desenvolverem os seus projetos empresariais no mercado estadual, nacional e até internacional.

Exemplo de inovação para o mundo gastronômico, a Takeat está presente em mais de 800 restaurantes, com a participação do próprio serviço, via aplicativo, de garçom digital, que apoia tanto donos de restaurantes, bares e outros serviços de foodservices quanto clientes nas rotinas de pedidos, com tudo feito via QR Code.

Já para o mundo tecnológico e industrial, a Actiz é uma empresa referência. Por ser uma startup capixaba especializada na otimização de laboratórios de controle de qualidade, independente do porte ou segmento, a empresa oferece soluções simples, seguras e digitais para os laboratórios que analisam produtos produzidos nas indústrias e todos os processos internos e externos de uma empresa. Assim, a empresa apoia na certificação da qualidade final adequada de produtos, seja a água que consumimos diariamente, os alimentos, medicamentos, cosméticos e até as vigas para a construção de prédios.

Ramon Spinassé afirma que, com o próprio Sistema de Gerenciamento de Informações de Laboratórios (LIMS), tecnologia adotada para gerir esses laboratórios, o ActizLab, a startup tem uma solução Business Intelligence integrada, capaz de analisar os dados e gerar indicadores e gráficos de tendências. O sistema permite conectar o laboratório com o resto da companhia, contribuindo para uma melhor tomada de decisões e o avanço dos objetivos corporativos e sociais.

Em relação à AEVO, a empresa se especializou em tecnologia para a gestão da inovação criando o “AEVO Innovate”, um software que viabiliza a comunicação, gestão e a implantação de iniciativas que promovam melhorias contínuas em empresas. Atualmente, a empresa capixaba atende mais de 400 mil usuários de todo o País e por mais de 150 empresas em sua plataforma, com a oferta de uma jornada completa com o suporte de um time de mentores capacitados, que guiam as organizações para que elas tenham sucesso ao impulsionar o negócio por meio da inovação.

Recentemente, as empresas Fisarmonica, Switch, Lau e EVA também têm movimentado o ecossistema de inovação capixaba, com o mesmo objetivo de caminhar de olho para o futuro.

Um parceiro para um futuro inovador

Para que as empresas do segmento de inovação se desenvolvam, é ideal que os empresários procurem o apoio ideal de parceiros que acreditem em seus projetos. No Estado, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) é uma das instituições que atua com linhas de crédito e investimento voltados especificamente para o crescimento de ideias inovadoras, com o apoio também da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Fundos de Investimentos em Participações (FIP).

Cerca de R$ 290 milhões estão comprometidos em FIPs pelo banco capixaba para apoiar negócios inovadores de diversos setores econômicos, como nanotecnologia, economia criativa, sustentável e eficiência energética. Somente o Funses 1, o maior e mais recente FIP da instituição, conta com o aporte de R$ 250 milhões para investimentos em empresas voltadas para o aperfeiçoamento do ambiente produtivo ou social que resultem em novos produtos, processos ou serviços no Espírito Santo.

Completando um ano de atuação no Espírito Santo, o Funses 1 aprovou cerca de R$ 24,2 milhões em recursos destinados para empresas capixabas aprimorarem os seus negócios, com a implementação de tecnologia e inovação em produtos e serviços. O Funses1 conta, até o momento, com três empresas que receberam aportes financeiros, outras sete aceleradas com investimentos e 44 startups que passaram pelo programa de aceleração digital.

Em um FIP, o investidor, que pode ser uma pessoa física ou jurídica que já tenha investido R$ 1 milhão ou um profissional certificado do mercado financeiro, adquire algumas cotas de participação. Com isso, o cotista passa a participar dos resultados alcançados pela empresa investida por esse FIP. O Funses 1 é um fundo que tem como cotista único o Governo do Estado do Espírito Santo, por meio do Fundo Soberano. Com atuação multiestratégia, apoia desde a fase de ideação do negócio até os investimentos que variam de R$ 300 mil a R$ 30 milhões em empresas.

“Com o investimento em Inovação, que não necessariamente significa investir na criação de um produto revolucionário, a empresa automatiza várias rotinas e processos, reduzindo perdas e prazos de entrega que, consequentemente, se revertem em inúmeros benefícios”, frisou o gerente de negócios do Bandes, Arthur da Silva Souza.

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