Fundo de investimentos abre portas para Espírito Santo ser referência em Inovação

04/10/2023 09h30 - Atualizado em 04/10/2023 10h59
O Governo do Estado deu um importante passo no sentido de fomentar o ecossistema de inovação capixaba. Entrou em operação, em maio de 2022, o Fundo de Investimentos e Participações (FIP) voltado para a aceleração digital de novos negócios. O FIP conta com R$ 250 milhões provenientes do Fundo Soberano do Espírito Santo (Funses), que é composto por receitas provenientes da indústria do petróleo.

Resultado dessa iniciativa com a atração de novos negócios para o Estado já é visível e não faltam exemplos. Em apenas um ano, 12 startups receberam aporte de recursos do FIP e passaram a ter sede fiscal no Espírito Santo, já que essa é uma das exigências para o investimento. Além da arrecadação de tributos, isso gera emprego e renda, além de incentivar negócios inovadores. Uma delas é a W Dental, a primeira odontotech do Brasil, uma operadora de planos odontológicos que tem como missão democratizar o acesso à saúde bucal em todo o País. O fundador e CEO da W Dental, Igor Pereira, conta que participou da primeira turma de aceleração digital do FIP, com a realização de três turmas, e será aberta a inscrição para a quarta, e que é um processo diligente.

“Obviamente que para a gente deu mais trabalho, mas dá uma credibilidade maior, até porque o Governo do Estado contratou uma gestora profissional para fazer o contrato. Foi tudo muito bem planejado e executado e isso coloca o Espírito Santo num patamar mais elevado do que os outros estados. Isso dá uma liderança”, ressaltou Igor Pereira.

O CEO da W Dental afirma que já está com clientes no Estado e que tem um time comercial atendendo no Espírito Santo. “A sede fiscal da empresa foi transferida para Colatina e estamos trabalhando para divulgar mais a marca W Dental no Estado. Temos certeza de que é uma questão de tempo para sermos uma das operadoras mais relevantes de atuação no Espírito Santo”, pontuou Pereira.

Tecnologia

Quem também já está sediada em solo capixaba por conta do FIP é a Eva People, uma empresa da área de HR Tech, que tem o objetivo de automatizar processos de recursos humanos. O cofundador e CEO da startup, Hugo Soares, contou que o FIP investiu R$ 800 mil na Eva People. “É uma parte comum das empresas de tecnologia terem investidores que acreditam no crescimento do negócio e aportam capital em troca de participação”, explicou. Hugo Soares acrescentou que a tecnologia pode ajudar as empresas a construir ambientes de trabalho mais humanos, onde as pessoas possam se desenvolver e contribuir para o sucesso do negócio. “Com o novo investimento, continuaremos a desenvolver nossa plataforma e a levar soluções para mais empresas no Brasil. Somos agora, oficialmente, uma empresa capixaba e a nossa atuação já se deu por meio da primeira contratação de uma colaboradora capixaba e de clientes”, afirmou.

Healthtech

As startups brasileiras desenvolvem soluções para diferentes áreas, uma delas é a chamada healthtech, que oferta soluções tecnológicas para a área da saúde. A lau, criada em 2019 como uma healthtech com o propósito de reduzir o desperdício de unidades de saúde com serviços assistenciais e de facilities, passou recentemente pela turma de aceleração de negócios do FIP Funses 1. A formatura foi em março e a empresa foi investida, e já está com a sede fiscal operando no Espírito Santo.

O cofundador e CEO da lau, João Marcelo Alves, comentou que a iniciativa do Espírito Santo de ter um Fundo Soberano dando apoio para a tecnologia, a inovação e às empresas em estágio inicial é muito inovadora. “Essa iniciativa do Estado é bem interessante para atrair um ecossistema de inovação para o Espírito Santo. A gente sabe que isso fica mais forte quando se tem estágios iniciais testando novas ideias que podem se tornar grandes empresas no futuro”, destacou.

Para a lau, especificamente, foi uma estratégia importante, de acordo com João Marcelo. “A Ace, com a TM3 Capital, tem uma visão clara do tipo de empresa que pode se tornar grande no futuro e de que forma essa empresa pode vir a contribuir para gerar emprego no Estado e fomentar esse ecossistema”, acrescentou.

Para o funcionamento do FIP Funses 1, o Governo do Estado, por meio do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), fez um edital para selecionar a empresa para fazer a estruturação e gestão do FIP, bem como o programa de aceleração, com as trilhas, mentorias e eventos. As empresas selecionadas foram a TM3 Capital e Ace.

Outra startup que já está com sede no Espírito Santo por ter sido investida pelo FIP Funses 1 é a Houseasy. Com atendimento focado no mercado de smarthome, o objetivo da empresa é democratizar o acesso a essa tecnologia, transformando casas comuns em casas inteligentes.

O CEO da Houseasy, William Power Homem, contou que, recentemente, a empresa foi investida com recursos do FIP Funses 1, onde foi desenvolvido um novo modelo de negócio, focado no mercado consumidor de internet, e que isso trouxe uma eficiência operacional maior. “Essa conexão com a TM3 trouxe muitos benefícios para a Houseasy, tanto no profissionalismo quanto na organização de estruturação de negócios. A empresa conta, inclusive, com um conselho administrativo. Estamos construindo um negócio cada vez mais sustentável”, afirmou o CEO.

Informações sobre Fips:
www.bandes.com.br/fip
www.bandes.com.br/fundosoberano
www.funses.es.gov.br

Texto: Kikina Sessa

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