Fundos de Investimento em Participação: apoio ao crescimento econômico

20/01/2023 09h30 - Atualizado em 25/04/2023 11h00

No Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), o empresariado capixaba conta com o apoio dos Fundos de Investimento em Participação (FIPs). Essas três letrinhas, os FIPs, são um impulso para investir no ambiente de negócios e alavancar as empresas para outro patamar. Com o apoio do banco capixaba, cerca de R$ 40 milhões já foram investidos ou aportados neste formato no Espírito Santo para criar um ambiente inovador, moderno e tecnológico.

São R$ 37,75 milhões que estão sendo investidos no setor produtivo estadual, com seis FIPs ativos: Anjo; Criatec 3; Primatec; Seed4science; TM3 Capital VC4 e, mais recentemente, a estrela, o FIP Funses 1. No somatório dos recursos, o Bandes conta com R$ 290 milhões comprometidos em apoiar negócios de diversos setores econômicos, como nanotecnologia, economia criativa e sustentável, eficiência energética, entre outros.

“Os Fips da carteira do Bandes se encontram em diferentes fases de maturação. Em média, os Fips têm duração de dez anos, sendo os cinco primeiros dedicados à prospecção de empresas para investimentos e outros cinco anos voltados para o desinvestimento. Em 2022, o Criatec3 e o Primatec encerraram o período de investimento e o Fip Funses1 passou a fazer parte da carteira, sendo o maior fundo da categoria do País”, pontuou a gerente de Participações e Investimentos do Bandes, Ivone de Souza Pereira Pontes.

Segundo ela, em poucos meses de operação, o Funses1 prospectou dez empresas para investimentos e selecionou 44 empresas em dois batchs para a aceleração digital. “A expectativa é de retornos cada vez mais expressivos nos próximos meses”, complementou Ivone Pontes.

O que é um FIP?

Um Fundo de Investimento em Participação é uma modalidade de investimento coletiva, que tem uma série de características que a difere das outras possibilidades de financiamentos tradicionais, em que alguém paga de volta o recurso que usou para investir.

Em linhas gerais, num FIP, o investidor, que pode ser uma pessoa física ou jurídica que já tenha investido R$ 1 milhão ou um profissional certificado do mercado financeiro, adquire algumas cotas de participação. Com isso, o cotista passa a participar dos resultados alcançados pela empresa investida por esse FIP.

Via de regra, os FIPs têm sempre uma estratégia de investimento própria, com o foco de segmento econômico, porte da empresa a ser investida e período determinado para a sua atuação. Pelo fato de o Bandes ser um grande incentivador do ecossistema da inovação no Espírito Santo, todo o capital comprometido pelo banco capixaba em FIPs tem que ser aportado em empresas do Espírito Santo.

“O Fundo de Investimento em Participações é um tipo de investimento em renda variável, constituído sob a forma de condomínio fechado de investidores. Para investir, é necessário adquirir cotas, que poderão ser resgatadas apenas ao término da duração do Fundo ou quando deliberado em assembleia dos cotistas. O grande diferencial que deve ser destacado é que o apoio obtido pelas investidas das gestoras profissionais desses Fundos vai além do aporte de capital, oferecendo também expertise para que essas empresas se desenvolvam de forma sólida, além de gerar e aumentar o nível de emprego e renda onde se inserem”, frisou Ivone Pontes.

Esses fundos também captam recursos de vários investidores para empresas em fase de desenvolvimento e que se tornam sócios do negócio investido. O diferencial dos Fundos de Investimento em Participação para os outros fundos é a possibilidade de se investir em empresas de capital fechado. O objetivo é criar valor para a empresa e, com isso, obter lucro com o seu crescimento.

Depois de alguns anos, passado o período de investimento, começa a fase de desinvestimento, que consiste na venda da participação do FIP na empresa investida para outras empresas ou aos demais sócios, retornando o capital para os investidores iniciais, os cotistas, fechando assim o ciclo de investimento a longo prazo.

Quem comanda o FIP?

Para que um fundo de investimento funcione de modo apropriado, são necessários agentes importantes antes, durante e depois de sua criação e atuação. Em síntese, três personagens se fazem importantes para um FIP: o administrador, que é a instituição responsável por constituir o fundo, aprovar regulamentos e cuidar das pendências administrativas; o gestor, que gerencia o capital do fundo, que destina verbas e tem participação direta na gestão das empresas investidas; e, por fim, existe o papel do cotista, função que, no Espírito Santo, o Bandes exerce como agente investidor dos fundos, adquirindo cotas e encarregado de subsidiar a administração e o trabalho do gestor do fundo.

Para cada um dos fundos, existem algumas categorias estratégicas: “capital semente”, “empresas emergentes”, “infraestrutura” e “multiestratégia”. A diferença entre essas categorias de mercado está no foco do investimento. Os dois primeiros tipos, semente e emergentes, têm critérios acerca da renda bruta anual, enquanto o de infraestrutura busca injetar capital em empresas do setor.

Já o multiestratégia, diferentemente dos anteriores, não tem um critério específico, podendo investir em empresas de variadas categorias, como é o caso do Funses 1, a mais nova estrela do desenvolvimento da economia do Estado. “Alguns fundos consideram até empresas em estágio pré-operacional, mas com grande potencial de crescimento”, salientou Ivone Pontes.

Fique por dentro da carteira de FIPs do Bandes:

Funses 1: fundo que tem como cotista único o Governo do Estado do Espírito Santo, por meio do Fundo Soberano. Tem atuação multiestratégia, podendo apoiar desde a fase de ideação do negócio até os investimentos que variam de R$ 300 mil a R$ 30 milhões em empresas. Atualmente, em fase de investimento.

Criatec 3: para empresas que desenvolvem tecnologias inovadoras com elevado potencial de evolução, ainda em estágios iniciais, e que precisam se estruturar para um crescimento acelerado. Áreas de foco: Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC), Biotecnologia, Agronegócio, Novos Materiais e Nanotecnologia. Atualmente, em fase de desinvestimento.

Primatec: para empresas de base tecnológica com alto potencial de crescimento e voltadas para o ecossistema de inovação nacional e o empreendedorismo. Este fundo apoia pequenas e médias empresas inovadoras sediadas há menos de dois anos em incubadoras e parques tecnológicos. Áreas de foco: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Sustentabilidade e Energia, Economia Criativa. Atualmente, em fase de desinvestimento.

Seed4science: apoia empresas que atuam em Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PD&I) e aplicação de produtos, processos e serviços de alta tecnologia e/ou significativo teor de inovação na solução de problemas relevantes em grandes mercados. Áreas de foco: Biotecnologia; Nanotecnologia; Internet das Coisas e materiais avançados; Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), em especial aquelas relacionadas à big data e machine learning, com verticais de aplicação em Agronegócio, Indústria, Saúde e Bem-estar e Varejo. Atualmente, em fase de investimento.

Fundo Capital Semente Coinvestimento Anjo: para empresas que desenvolvem tecnologias inovadoras com elevado potencial de evolução, em estágios iniciais e que precisam se estruturar para um crescimento acelerado. Áreas de foco: Economia Criativa; Agronegócios; Saúde e Biotech; Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC); “Fintechs”; Cidades Inteligentes. Atualmente, em fase de investimento.

FIP Trivèlla M3 VC4: o fundo investe em tecnologia para setores prioritários e considerados gargalos da economia brasileira, como saúde, educação, energias renováveis e agronegócio; tecnologia para mobilidade urbana, segurança pública, cidades inteligentes e Internet das Coisas (IoT); Tecnologia para varejo e logística; Tecnologia para o mercado financeiro de empresas enquadradas no conceito de fintechs. Atualmente, em fase de investimento.

Para mais detalhes sobre cada FIP:
www.bandes.com.br/fip
www.fundosoberano.es.gov.br

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